11 de fevereiro de 2022

Aconteceu naquele verão: doze histórias de amor (organização de Stephanie Perkins)

Comecei a ler esse livro nessa época no ano passado, aí como depois de um mês eu não havia concluído, resolvi pausar e deixar para concluir no próximo verão. No caso, agora. Mas perdi a vontade de ler e como só faltavam 3 contos, resolvi marcar como leitura concluída mesmo. Em todo caso, aqui estão os meus comentários sobre os contos que eu li:

Cabeça, escamas, língua e cauda (Leigh Bardugo)
Gostei de como esse conto começou, de como a narrativa já vai envolvendo desde o início e, ao mesmo tempo, já cria uma atmosfera com elementos de fantasia. Porém, conforme a leitura foi avançando, meio que fui perdendo o interesse e todo o encanto se perdeu. Aos poucos foi ficando previsível também e fiquei com a sensação de que algo ficou faltando. O desfecho foi bem corrido também.

O fim do amor (Nina Lacour)
Já não consigo me lembrar muito desse aqui, então acho que não foi muito marcante para mim. Não há nada que eu tenha achado particularmente ruim, mas também não foi super memorável. No geral, foi 'meh'. Porém, quero destacar que gostei de a história acontecer em um acampamento de verão, respeitando a proposta da coletânea.

O último suspiro do Cinemorte (Libba Bray)
Uma das minhas histórias favoritas! Adorei a narrativa, adorei que a história acontece em um cinema, adorei as referências pop, adorei o casal e adorei ainda mais a reviravolta que acontece mais ou menos na metade e muda completamente o tom da história. É bem Sessão da Tarde, super divertido. Fiquei curiosa para ler outras coisas da autora.

Prazer Doentio Francesca (Lia Block)
Outro favorito! Aqui temos uma história de verão que acontece nos arredores de Los Angeles (acho) durante o fim dos anos 70 ou início dos anos 80. É meio difícil de saber exatamente a época em que a história acontece, mas as referências musicais dão algumas dicas. Aqui também acontece algo que eu adoro, que é quando um narrador adulto conta algo que aconteceu durante a sua juventude, décadas antes. Essa é uma história que me manteve curiosa o tempo todo porque precisava saber como terminaria e achei bem surpreendente. Como a autora não usa nomes para os personagens e apenas os identifica com iniciais, fiquei pensando se não seria algo sobre a própria vida dela. Também quero conhecer outros trabalhos dela.

Em noventa minutos, vá em direção à North (Stephenie Perkins)
Esse eu comecei a ler, mas perdi o interesse e resolvi pular. Aí, descobri que é continuação do conto da autora que foi publicado na coletânea de histórias de fim de ano (O presente do meu grande amor), mas já não lembro de nada daquela história, pois faz anos que li. Então, resolvi deixar para outro momento. Ou não. Sei lá.

Lembranças (Tim Federle)
Acho que, de todos os contos, esse foi o que mais me passou a vibe de verão. A história acontece em um parque de diversões e não é exatamente sobre o início de um relacionamento, mas sim sobre o fim de um. Gostei dos personagens e de como o autor conseguiu desenvolvê-los tão bem em tão poucas páginas. A narrativa é bem envolvente e fluída também e em nenhum momento senti que o conto ficou longo. Tudo aqui é na medida certa e, mesmo a gente já sabendo desde o início como vai terminar, adorei acompanhar a história.

Inércia (Veronica Roth)
Confesso que já comecei a ler esse conto com as expectativas baixas porque não gostei de Divergente e nem da escrita da autora. Ainda assim, fui com o coração aberto e me surpreendi...até certo ponto. Gostei muito que esse conto tem uma coisa meio ficção científica, com personagens que conseguem conectar suas consciências e se comunicar enquanto revisitam lembranças em comum. Gostei também que esse conto toca em temais mais sérios, do tipo que não esperava encontrar em uma coletânea de histórias de amor de verão. Estava indo tudo bem até quase o final e eu estava prestes a considerar esse um dos melhores contos, mesmo que longo, mas aí as últimas páginas meio que estragaram tudo. Acho que se a autora tivesse encerrado um pouco antes, deixando o final meio agridoce, teria sido melhor. No fim, só me lembrou do porquê de eu nunca ter me dado ao trabalho de terminar a série Divergente.

Amor é o último recurso (Jon Skovron)
Esse aqui eu meio que já esqueci os detalhes, mas lembro de ter gostado. O que mais me encantou foi a escrita do autor a forma como a história foi narrada.

É isso, não sei se um dia vou concluir, mas fica aqui o meu registro. Achei os contos bem ok e, para ser sincera, não sei se teria lido se já não tivesse lido e gostado da coletânea anterior. Dos contos que li, os que mais gostei foram o da Libba Bray, o do Tim Federle e o da Francesca Lia Block.

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