Fevereiro foi um mês estranho no quesito leituras, porque 1) iniciei várias leituras e 2) não concluí muitas. Normalmente, não saio por aí me descabelando por conta de mais ou menos livros lidos por mês, mas a situação relatada acima me deixou um tanto preocupada. Digo isso porque em nenhum momento tive a sensação de passar por uma ressaca literária, já que me sentia motivada para ler e os livros escolhidos estavam interessantes.
No fim, acho que fui possuída pelo espírito carnavalesco típico do mês de fevereiro e, quando não estava lendo, me entreguei a outras atividades de meu interesse. Ainda assim, sem arrependimentos por não ler, não queria chegar ao fim do mês sem, pelo menos, avançar bastante na leitura dos livros iniciados. Foi aí que me permiti entrar no embalo das maratonas literárias 24h, que parecem estar fazendo bastante sucesso entre os booktubers brasileiros que acompanho.
Mas antes de expressar o que penso desse tipo de experiência e compartilhar um pouco sobre o que foi a minha, acho válido utilizar alguns caracteres para explicar o que é uma maratona literária àqueles que não sabem muito bem sobre o que eu estou falando. Basicamente, uma maratona literária diz respeito a um determinado período de tempo em que uma pessoa - ou várias pessoas - se propõe a ler um determinado número de páginas/livros ou apenas a ler mais do que o que costuma ler rotineiramente. Uma das maratonas mais conhecidas do tipo é a gringa Bout of Books, que no último mês de janeiro chegou à sua décima segunda edição. O evento dura uma semana, na qual, além de ler bastante, os interessados podem participar de desafios e sorteios e fazer atualizações sobre o seu desempenho nas redes sociais. Aqui no Brasil, creio que a mais conhecida é a Maratona Literária, que segue os moldes da Bout of Books e já teve quatro edições, incluindo uma especial de Carnaval.
Citei apenas alguns dos exemplos mais conhecidos, mas é claro que há vários tipos de maratonas literárias - organizadas por blogs, canais literários e até nas redes sociais -, com diferentes durações e desafios. Sem contar aquelas mais pessoais que muitos leitores resolvem fazer sozinhos. Particularmente, eu adoro a ideia de maratona literária; penso que é um ótimo jeito de incentivar a leitura (no caso de maratonas organizadas por blogs, por exemplo, em que muita gente participa) e também de fazer com que coloquemos as nossas leituras em dia.
E foi justamente este segundo ponto que me motivou a fazer a minha própria maratona literária 24h durante o mês de fevereiro. Já que contava com alguns livros iniciados e nenhum concluído, pensei que se reservasse um dia para ler, poderia pelo menos concluir algumas dessas leituras e avançar bastante em outras. E, felizmente, a brincadeira foi divertida e pude obter resultados satisfatórios. Porém, penso que isso só ocorreu porque não me pressionei a ler e também porque não dispus de todas as 24 horas do dia para me dedicar à leitura. No dia escolhido para fazer a maratona, vários imprevistos apareceram pelo caminho, de forma que só parei para ler quando sabia que não seria interrompida. Sem perceber, acho que encontrei o segredo para uma maratona 24h sem dor, sofrimento e cansaço, rs.