7 de agosto de 2013

O Mistério do Trem Azul (Agatha Christie) | Hercule Poirot, livro #6 (primeira leitura)

O mistério do Trem Azul
, publicado em 1928, nos apresenta a Riviera Francesa, local onde os ricos britânicos costumavam passar o inverno e que servirá como cenário para a narrativa de Agatha Christie. Ruth Kettering faz parte da alta sociedade britânica e é bastante infeliz em seu casamento com Derek, que só se casou pela fortuna do pai da moça e a trai com uma dançarina. Determinado a convencer a filha a pedir um divórcio, Rufus Van Aldin, um milionário norte-americano, resolve presenteá-la com um mimo: um colar de rubis conhecido como Coração de Fogo, famoso e cobiçado por ter pertencido a muitos reis, imperadores e czares, além de ter uma história recheada de tragédias e mortes.

Dias após garantir ao pai que irá se divorciar de Derek, Ruth embarca no Trem Azul, rumo à Riviera Francesa. O motivo que a levava até lá era desconhecido. Durante a primeira noite no trem, Ruth é assassinada de forma bastante brutal e seus rubis são roubados. Ninguém observou nada de estranho durante a noite e o crime só foi descoberto no dia seguinte. Para sorte da polícia francesa e para a alegria do leitor, Hercule Poirot estava à bordo do Trem Azul e resolve investigar o crime que, aparentemente, não deixou nenhuma pista.

Ao longo da investigação vamos descobrindo como era a vida de Ruth e, consequentemente, os suspeitos começam a surgir, como, por exemplo, um possível amante do passado. Além de acompanharmos Poirot em sua investigação, conhecemos Katherine Grey, uma dama de companhia que herdou uma grande fortuna e que também estava à bordo do Trem Azul, sendo a última pessoa que viu a vitima com vida.
Sinceramente, não entendi muito bem qual foi a utilidade de Katherine Grey na história. No começo, até compreendi, já que ela havia sido a última pessoa a conversar com Ruth Kettering, mas ainda não entendi qual foi a necessidade de contar toda a história da personagem. Não que ela fosse desinteressante, muito pelo contrário, durante a leitura eu fiquei mais preocupada com a vida de Katherine do que com a solução do crime, que diga-se de passagem parece ter sido esquecido durante parte do livro.

De uma forma geral, esperava mais de O mistério do Trem Azul. Não que seja um livro ruim, mas de modo algum pode ser considerado um dos melhores da autora. A sensação que tive foi que, em algum momento, Agatha se perdeu; se esqueceu do crime. Não sei. O fato é que tudo fica muito solto, a narrativa para de focar na investigação e começa a mostrar a vida cotidiana dos personagens. No fim das contas, não gostei nem um pouco da solução do crime, porque a meu ver, ao contrário do que ocorreu com outros livros da autora, as pistas deixadas não foram muito explicadas e não consegui ligar muitos pontos. Ficou faltando algo. Nem o brilhantismo de Hercule Poirot me ajudou.✦

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