8 de dezembro de 2012

O Ladrão de Raios (Rick Riordan) | Percy Jackson e os Olimpianos #01

Desde que me despedi de Harry Potter em 2007, nunca mais encontrei uma série que me viciasse e me deixasse com vontade de devorar os livros imediatamente. Isso mudou este ano, porque conheci não uma, mas DUAS séries que me encantaram demais. A primeira foi Jogos Vorazes, que li em mais ou menos quinze dias, e a segunda é Percy Jackson e os Olimpianos, que ainda não terminei, mas já estou completamente apaixonada pelo enredo, pela narrativa e, principalmente, pelos personagens.

Lembra quando estávamos na escola e a professora de História falava sobre a Grécia Antiga, a Mitologia Grega e todos aqueles deuses do Monte Olimpo? Então, agora imagine que toda a parte que envolve a mitologia, os deuses, os heróis e monstros fosse verdadeira. É sobre isso que o livro O ladrão de raios trata.

Primeiro livro da série Percy Jackson e os OlimpianosO ladrão de raios, de Rick Riordan, nos traz a história de Perceu Jackson - ou Percy, como ele prefere ser chamado - um menino nova iorquino de doze anos que leva, aparentemente, uma vida normal. Percy mora com sua mãe e com seu padrasto fedorento em um apartamento no Upper East Side, porém, não os vê com muita frequência pois passa a maior parte do tempo em colégios internos, de onde acaba sendo sempre expulso. Os motivos das expulsões são variados, mas sempre envolvem uma série de acontecimentos estranhos, como uma professora que simplesmente resolve atacá-lo em uma excursão à um museu. Ah, antes de atacar, a professora se transformou em um monstro.

Após mais um desses acontecimentos estranhos, Percy acaba conhecendo o Acampamento Meio-Sangue, um lugar onde os heróis - filhos de mortais e deuses - treinam suas habilidades e aprendem a se defender de possíveis ataques de monstros. Lá, Percy conhece Quíron, um centauro responsável pelo treinamento dos heróis, que lhe explica que os deuses do Olimpo existem de verdade, assim como todos os mitos gregos. Ao mesmo tempo, descobre-se que um artefato muito importante e valioso foi roubado do Monte Olimpo e Percy se transforma no principal suspeito. Na companhia de seus amigos Grover, um sátiro, e Annabeth, filha de Atena, Percy parte em uma missão para recuperar o artefato, provar a sua inocência e proteger o mundo Ocidental de mais uma guerra entre os deuses.

A princípio, a minha opinião sobre a série era negativa e...preconceituosa. Sim, preconceituosa, porque o pouco que eu sabia da história era baseado no filme - que eu não assisti, diga-se de passagem. Mas aí, depois de uma certa insistência da minha irmã e de uma amiga, tive que ceder e ler. A narrativa, feita pelo próprio Percy, é muito divertida, simples e cheia - mas assim, cheeeia - de sarcasmo. Do começo ao fim, o Percy tem umas tiradas animais. Sério. Perdoem o vocabulário, mas é que só consigo definir assim. Claro que as tiradas são próprias de um garoto de 12 anos, né? Mas nem por isso são menos divertidas.

Até a metade do livro, estava achando tudo muito bacana, mas de alguma forma, parecia que a leitura não tinha engatado. Eu estava lendo rápido e tal, mas não conseguia entender qual era a do livro, porque estava tudo muito simples, tudo muito previsível. Mas, é claro que Rick Riordan não ia fazer isso comigo. Ele tinha que me surpreender no final. E foi justamente aí que Percy me ganhou. Devorei o segundo volume e, no momento, estou lendo o terceiro - tão maravilhoso e surpreendente quanto os volumes anteriores.

Outra coisa bem interessante, é a forma como a Mitologia Grega é apresentada no livro: "se você está familiarizado com esses personagens ancestrais, vai ficar impressionado pelo modo como Riordan os utiliza. Se não os conhece, esta será uma apresentação empolgante". Esta citação foi retirada do jornal The Guardian, e aparece na capa do Livro Três, A Maldição do Titã, e serve muito bem para explicar a sensação que tive ao ler o livro. Fiquei impressionada pela maneira como Riordan "brinca" com os deuses em sua história e o melhor é que tudo faz sim muito sentido. Indico a leitura à todos aqueles que gostam de uma boa aventura. E que fique claro que não é porque se trata de um livro escrito para um público infanto-juvenil que a história é boba e sem graça, viu?