31 de dezembro de 2014

AS MELHORES LEITURAS DE 2014

O Retrato (Charlie Lovett)
Conheci esse livro por acaso e não sabia muito bem sobre o que era, além de que tinha alguma coisa a ver com um mistério relacionado à obra de William Shakespeare. Gostei bastante da leitura, não é o melhor livro que li na minha vida e acho que não vai mudar a vida de ninguém, mas é um livro muito gostoso de ler, que te envolve e que você não quer largar enquanto não chegar no final. Tem mistério e tem ação; não chega a ser policial, mas tem aquela característica que o faz o leitor ficar investigando junto com o personagem e é bem legal. Decidi colocar o livro na lista de melhores do ano porque ele me tirou de uma ressaca literária em questão de poucos dias.

O Príncipe da Névoa (Carlos Ruiz Zafón)
Primeiro livro da Trilogia da Névoa, este livro é bem no estilo das histórias do Zafón. Voltado para o público juvenil, o livro traz uma história sobre amizade e tem uma atmosfera meio macabra, assustadora e bizarra que acontece em um cenário tropical. É um livro bem bacana e que termina de um jeito meio estranho e que você não sabe dizer se entendeu direito. Recomendo bastante!

Cartas do Papai Noel (J.R.R. Tolkien)
É um livro muito fofo e que me fez ficar com vontade de ler outros livros do Tolkien, um autor que admiro bastante apesar de ter lido pouco. A leitura mostra muito de como era a relação dele com seus filhos ao trazer as cartas que o autor escrevia para eles como se fosse o Papai Noel. É muito bonito a forma como ele tentou manter viva neles a fantasia do Natal. A edição da Martins Fontes, além de trazer o conteúdo das cartas, inclui as ilustrações lindas que o autor fez para acompanhá-las.

A Máquina do Tempo (H.G. Wells)
Este foi um dos primeiros livros a trazer a viagem no tempo como tema e a leitura é bem envolvente, nos levando do século XIX até um futuro distante. O que mais me impactou foi perceber o tanto do século XIX que ainda trazemos conosco e como muitas das coisas que eles pensavam e se questionavam naquela época ainda são bastante atuais para nós. É uma aventura bem divertida e que eu recomendo.

O Herói Perdido (Rick Riordan)
Este é o primeiro livro da série Os Heróis do Olimpo, que começa muito bem. O universo já é familiar e novos personagens se misturam aos antigos. Gostei dos novos mistérios e das novas missões, e foi ótimo lembrar como as histórias do Rick Riordan são cheias de aventura e humor.

A outra volta do Parafuso (Henry James)
Adorei essa leitura, que é o tipo de terror que dá medinho mesmo. História de terror com espírito, casa assombrada e que envolve crianças. Apesar do início um pouco lento, achei bem envolvente e gostei do fato de não conseguir confiar na narradora; não dá para saber até que ponto ela tem credibilidade e o final é daqueles que deixam a gente questionando tudo.

Cidades de Papel (John Green)
Acho que este é um dos livros mais subestimados do autor; uma pena, porque é um dos meus favoritos dele. Tem uma história meio absurda, com alguns clichês e estereótipos, mas eu gostei da ideia. Também não achei a Margot uma personagem chata e acho que este é o livro do autor com o qual eu mais me identifiquei com as reflexões levantadas. Recomendo demais!

Eu sou Malala (Malala Yousafzai e Christina Lamb)
Adoro esse tipo de livro que traz o relato de experiências bem distantes das que eu vivi ou vivo; é possível aprender muito com o que a Malala tem a nos dizer. Gostei de como ela fala da sua vida no Vale do Swat e de como pude aprender sobre o que aconteceu no Paquistão depois da chegada do Talibã. É um livro bem marcante e assustador em diversos momentos, mas que eu acho que todos deveriam ler.

Mentirosos (E. Lockhart)
Claro que não poderia faltar este livro, que foi a maior surpresa que tive em 2014! Comecei a ler Mentirosos bem desacreditada e imaginando uma história sem graça e previsível, mas me enganei. Faz meses desde que terminei essa leitura e ainda estou pensando naquele final. A leitura é bem fluida, os personagens são cativantes e o cenário é bem envolvente. Realmente gostei e recomendo!

As virgens suicidas (Jeffrey Eugenides)
O melhor livro que li em 2014 e virou favorito da vida! Esse é o tipo de livro que demora para te abandonar, sabe? A gente termina de ler e ficamos dias, meses até, pensando sobre o que aconteceu e sobre as irmãs Lisbon.  A escrita envolve e mexe com os nossos sentidos, conseguimos sentir o que os meninos narradores sentem, conseguimos sentir a dor e os anseios deles; a sensação de incompreensão e frustração que a narrativa transmite também passa a ser nossa. Não posso mentir, é um livro bem melancólico, mas é um livro lindo.

17 de dezembro de 2014

Anjos à mesa (Debbie Macomber)

Anjos à mesa traz Goodness, Shirley e Mercy, anjos criados por Debbie Macomber e que já apareceram em seis outros romances da autora. Porém, os livros podem ser lidos em qualquer ordem. Nesta história, o trio precisa treinar um novo aprendiz, Will, e a ocasião escolhida para visitar a Terra é o dia de Ano Novo.

Na Times Square, faltando pouco tempo para a contagem regressiva, Lucie se encontra perdida, sem saber onde se encontram suas amigas. Cansada de esperar e decidida a ir embora, ela esbarra em Aren e os dois, inesperadamente e inexplicavelmente, se beijam ao soar da meia-noite. Depois de sair da rua movimentada, os dois decidem tomar um café para conversarem e descobrem que foram feitos um para o outro. Pouco sabiam que a maneira inusitada como se conheceram fora resultado de um descuido do jovem anjo Will. E como toda ação tem uma reação, este descuido trará consequências.

Ao constatarem que gostaram muito de se conhecer e de que querem seguir adiante com um relacionamento, Aren e Lucie também percebem que o momento não é o mais apropriado. Ele é novo na cidade e está prestes a iniciar em um novo emprego; ela tem planos de abrir um restaurante nos próximos meses. Ainda assim, Aren propõe que Lucie pense na situação e que se decidir levar a sério a relação, ela deveria encontrá-lo no topo do Empire State Buildind em uma semana.

Imprevistos acontecem, meses se passam e agora Lucie e Aren deparam com uma segunda chance. E os anjos farão de tudo para ajudá-los...ou quase isso.

Não é segredo para ninguém que amo o Natal e o clima das festas de fim de ano. Sendo assim, sempre procuro assistir a filme e realizar leituras que combinem com este período mágico e Anjos à mesa me pareceu uma escolha bastante plausível. Gostei do que encontrei, mas não vou mentir, não adorei.

O livro traz uma premissa bastante simples e até previsível, o que não impede a possibilidade de uma boa experiência de leitura. Não tinha altas expectativas e/ou esperava encontrar um livro que mudaria a minha vida, de forma que, a princípio, tudo fluiu muito bem. Meus problemas começaram na segunda metade do livro. O tempo todo fiquei com a impressão de que Debbie Macomber criou problemas nas vidas dos personagens para que a história se estendesse; no início, o recurso funcionou, mas aos poucos ficou repetitivo e pareceu enrolação. No fundo, acho que o enredo funcionaria melhor se fosse um conto, ou se tivesse menos clichês.

Os personagens, ainda que carismáticos, também foram se tornando cansativos. Principalmente no final, quando a enrolação se disfarçou de orgulho e teimosia da parte de Aren e Lucie. Em nenhum momento anterior ficou esclarecido este aspecto das personalidades dos protagonistas, o que fez com que o comportamento de ambos mudasse de forma bastante abrupta. Não entendi muito bem a função dos anjos, a não ser a de criar confusão, adicionar elementos de humor e lembrar o leitor do real significado das festas de fim de ano. Tirando o fato de que foram eles que iniciaram o romance, não fazem muita diferença no desenrolar dos acontecimentos posteriores. A não ser para criar as enrolações os problemas já citados.

A narrativa em terceira pessoa é bastante direta, com pouca - na verdade, nenhuma - descrição de ambientes ou situações. É bastante fluida, mas achei um tanto simples e seca em algumas partes; não me agradou muito. Mesmo com os aspectos que, para mim, foram negativos, ainda assim, gostei da leitura. Porém, não sei se leria outro trabalho da autora.

Como disse, o livro traz uma história bastante previsível e é recheado de clichês, porém, acredito que possa agradar àqueles que estão procurando algo sem muita profundidade, ainda assim, agradável para ler neste período de festas.

15 de dezembro de 2014

Frankenstein (Mary Shelley)

Frankenstein, livro clássico do terror e marco da ficção científica, surgiu de uma forma interessante. Durante uma temporada chuvosa e entediante de férias, Mary Shelley, seu futuro marido e um grupo de amigos - entre eles, Lord Byron - resolveram contar histórias de terror e chegaram ao acordo de que, até o fim da viagem, todos deveriam escrever uma história a ser compartilhada. E foi a partir deste desafio que nasceu Frankenstein ou o moderno Prometeu (título original).

O romance, que traz elementos da literatura de terror gótica e do romantismo, foi publicado pela primeira vez em 1818, quando Mary Shelley tinha apenas 19 anos. No entanto, ao longo de sua vida, a autora fez algumas alterações em sua obra, de forma que a versão que temos hoje e que é considerada como a edição definitiva é a terceira edição, de 1931.

Logo no início da leitura, somos apresentados à Robert Walton, comandante de uma expedição ao Polo Norte que se corresponde com sua irmã, a quem conta o que ocorre durante a viagem. É a partir das cartas de Walton que o leitor tem conhecimento de Victor Frankenstein, um homem que foi encontrado à deriva no oceano pela tripulação de Walton. Após recobrar a consciência, o sobrevivente passa a narrar a sua história.

Nascido em uma família abastada, Victor Frankenstein sempre teve tudo do bom e do melhor, fazendo parte dos círculos sociais influentes de sua comunidade e tendo acesso à melhor educação. Ao completar 17 anos, ingressa na universidade e passa a se interessar por ciência, filosofia, alquimia e pela questão da origem da vida. Depois de muito estudar sobre tais assuntos, ele descobre o segredo para criar um ser humano e resolve fazer um experimento. Bem sucedido, se assusta e foge, abandonando sua criatura.

Anos se passam e Frankenstein retoma a sua vida em sua cidade natal, se aproximando de sua família, amigos e da moça com quem sonha casar algum dia. Porém, coisas estranhas passam a acontecer nas redondezas e ele desconfia de que tenham relação com o que fez no passado. Em determinado momento, Victor e sua criatura se reencontram e, a partir deste ponto, temos conhecimento do que veio a acontecer com a criatura, que ao longo dos anos conseguiu sobreviver, aprendeu a se comunicar e até a desenvolver pensamentos filosóficos e sociais.

Há anos queria ler Frankenstein e, depois de muita enrolação, finalmente o fiz! Sinceramente, esperava gostar mais; considero a experiência de leitura bastante válida e, de certa forma, enriquecedora, mas não vou mentir: não a achei prazerosa. Acredito que essa sensação tenha resultado da forma como a narrativa é estruturada e dos personagens - com os quais pouco me identifiquei.

É um pouco complicado explicar como a história é estruturada, mas vamos tentar. A narrativa tem início com as cartas que Robert Walton escreve para sua irmã; nelas ele explica como conheceu Victor Frankenstein e anexa o relato do mesmo. Neste momento, temos um segundo narrador que conta a história de sua vida e anexa ao seu relato aquele feito pela criatura, narrando os acontecimentos de sua recente existência durante o período em que esteve distante de seu criador. Logo, o que temos é uma história dentro de outra história, que por sua vez, está dentro de outra. Por se tratar de narrativas em primeira pessoa, é difícil para o leitor conferir a credibilidade de tudo o que é dito. Não é possível saber, por exemplo, se tudo que a criatura diz que fez é verdade, porque quem narra o relato dela é Victor Frankenstein.

Sobre o protagonista, pouco tenho a dizer, exceto que não gostei dele. A impressão que ficou é que Victor Frankenstein é um ser mimado e covarde que não sabe lidar com as consequências de seus atos. Em sua narrativa fica o tempo todo tentando se justificar, se fazendo de vítima - como se não tivesse culpa alguma em relação aos acontecimentos ruins na história - quando, na verdade, tudo o que ocorre resulta de suas decisões. Durante boa parte da leitura, me questionei sobre quem seria o verdadeiro monstro na história: a criatura - que não pediu para existir e que, por conta de ter sido abandonada, comete atrocidades - ou Frankenstein. Por outro lado, a criatura não é de todo inocente; principalmente quando fica obcecada por vingança.

Na narrativa, me incomodei com as repetições e também com o excesso de sentimentos. Este último, reconheço que seja um recurso da literatura da época, do Romantismo que fazia uso dos sentimentos e também das descrições da natureza. Porém, não encontro explicação para os personagens se repetirem o tempo todo, deixando a leitura enfadonha em algumas partes. Há também o fato de que é difícil acreditar em alguns fatos, como, por exemplo, uma criatura recém-nascida já ser capaz de andar e, aos três anos, já conseguir ler e filosofar. Mas, uma vez que o leitor aceita esses acontecimentos como uma verdade, a leitura flui melhor.

Como já expliquei, mesmo não achando a leitura prazerosa, estou feliz por tê-la realizado. O que mais me fascinou em Frankenstein é a atualidade de sua história. Ainda que, para mim, o livro se aproxime mais da ficção científica, não há como negar que o avanço da ciência e a sua utilização de forma descontrolada, sem pesar suas consequências, pode gerar enredos aterrorizantes. E é justamente aí que está a beleza da obra de Mary Shelley, que levanta questões que continuam a fazer sentido dois séculos depois de sua publicação. Assim, a leitura de Frankenstein é importante, válida e recomendada à todos os que gostam de clássicos ou de ficção científica.

9 de dezembro de 2014

Sobre leituras obrigatórias | Vida de Leitora #08



Hoje quero conversar com vocês sobre elas, as temidas e odiadas leituras obrigatórias. Seja por conta da escola, da faculdade ou por imposição pessoal, todo leitor, ao longo de sua vida, depara com a complicada situação de ter que ler algo sem vontade. E como toda ação tem reação, logicamente, isso acarreta as mais diversas consequências.

Neste primeiro post, vamos falar sobre o tipo mais comum de leitura obrigatória: aquele imposto pelas instituições de ensino, mais precisamente pelo ensino médio. Não é segredo para ninguém que já tenha passado pelo ensino médio que os alunos devem realizar determinadas leituras com o intuito de se tornarem aptos para prestar o vestibular. Na lista de leitura: clássicos nacionais escritos por nomes de peso como Carlos Drummond de Andrade, Guimarães Rosa e Machado de Assis. Observando a situação de longe e de forma ampla, tudo parece lindo e maravilhoso. "Olha só, que legal! Posso aprender sobre os diferentes períodos da história brasileira por meio da literatura!" Mas não é bem assim que a banda toca.

Claro que, ao introduzir os alunos aos clássicos nacionais, as escolas, além de mostrar uma valorização da nossa literatura, também os apresenta a diferentes contextos que marcaram a nossa história e, consequentemente, a nossa cultura. É inegável que a leitura de clássicos - nacionais e mundiais - proporciona experiências de imersão em diferentes realidades e permite aos leitores uma maior compreensão do mundo, da sua posição nele e da História. Porém, há de se considerar alguns aspectos no que diz respeito a aceitação das obras por parte dos alunos.

Tendo como base a minha experiência como vestibulanda - que ocorreu há uns sete anos! -, foram poucas as leituras selecionadas que me permitiram sentir aquela identificação com os personagens, com o enredo e o desenrolar dos acontecimentos. Não que eu tenha achado todos os livros um verdadeiro pesadelo, mas, no auge de meus 16 anos, sinto que me faltava a maturidade para compreender muito do significado daquelas obras. Peguemos como exemplo Iracema, de José de Alencar. O livro, tido como um dos principais títulos da primeira geração do Romantismo brasileiro, é compreendido como uma explicação poética do autor para o surgimento do Ceará, a sua terra natal. Tem todo um simbolismo envolvendo Iracema, a virgem dos lábios de mel, e Martim, o colonizador europeu. E apesar dessa visão bastante lírica, para mim, tudo não passava de uma história de amor entre uma índia e um português; tipo a Pocahontas com o John Smith na versão da Disney, entendem?

Há também o fato de que nem todos os alunos, ao chegarem ao ensino médio, gostam de ler e/ou desenvolveram o hábito de leitura. Logo, o primeiro contato deles com a literatura é por meio de livros escritos no século XIX - ou antes -, com um vocabulário com o qual não estão habituados e histórias com as quais não se identificam. Ah, e eles são obrigados a realizar tais leituras porque estas são requisitos para uma prova que poderá, ou não, ajudá-los a ingressar na universidade. Com essa situação em mente, não é difícil entender porque tanta gente nunca mais pensou em abrir um livro depois de deixar a escola.

Por favor, entendam que, de forma alguma, sou contra a exigência da leitura de clássicos brasileiros nas escolas. Muito pelo contrário, acredito sim que é preciso ter contato com a nossa literatura, com a nossa cultura. Certamente, além de ensinar, o ensino médio deve preparar os alunos para os vestibulares e, por isso, os estudantes lidam com uma série de obrigações impostas não apenas pelas aulas de literatura, mas por todas as disciplinas. Sabendo disso, penso que o correto seria estimular o prazer pela leitura durante o ensino fundamental. Uma vez que a pessoa já gosta de ler, fica mais fácil lidar com os temidos clássicos do vestibular, certo?

Mais uma vez vou fazer uso da minha própria experiência. Comecei a minha história como leitora logo que fui alfabetizada, com os livros sugerido pelos meus pais e professores e com revistinhas da Turma da Mônica. Assim, desde muito cedo já gostava das palavras e de como, quando combinadas, elas eram capazes de me entreter por horas. A transição das revistinhas para os livros ilustrados e, mais tarde, sem figuras e com mais de 100 páginas, foi algo bem natural para mim; de forma que quando cheguei ao ensino médio, mesmo passando por uma verdadeira via sacra para concluir algumas leituras, não as considerei um obstáculo impossível e nem fiquei com trauma de livros.

É certo que ainda torço o nariz toda vez que ouço os nomes José de Alencar e Eça de Queiroz (autor português, mas estudado aqui no Brasil também), mas felizmente o mesmo não pode ser dito sobre Machado de Assis, autor de um dos únicos livros que li por obrigação e gostei. Penso que ainda precisarei de uns anos antes de tentar ler novamente algum dos clássicos ou dos autores que me foram impostos naquela época. Mas esse é um projeto em desenvolvimento, assim como o de ler mais livros nacionais. Com tempo e paciência, acabo com o preconceito que resultou das obrigações do vestibular.

Também gostaria de falar com vocês sobre o segundo tipo de leituras obrigatórias, aquele que é imposto por nós. Mas como o post já está grandinho, vou deixar esta discussão para uma outra ocasião, tudo bem? 

Texto publicado originalmente na coluna Literalmente Falando, do blog Literature-se.